sexta-feira, 7 de junho de 2013

Casa Cor x Mostra Black: conheça as diferenças entre as mostras de decoração

As duas principais mostras de decoração do País, Mostra Black e Casa Cor SP, tiveram início no final de maio na capital paulista e disputam a atenção do público. A dica para quem ainda está em dúvida sobre qual evento conferir é entender o perfil de cada um. Com apenas três anos de vida, a Mostra Black é marcada pela ousadia e tende a ser mais conceitual em seus ambientes, enquanto a Casa Cor SP, com 27 anos de história, esforça-se para oferecer novidades com apelo mais comercial em maior número de espaços. As diferenças, entretanto, não param por aí.
Edu Cesar
Casa Cor SP x Mostra Black: analisar o perfil de cada uma delas é essencial na hora de escolher qual visitar
Realizada há mais de sete anos no Jockey Club, a Casa Cor recebe anualmente mais de 170 mil visitantes - a maioria mulheres da classe A e B -, que pagam de R$ 40 a R$ 49 (fim de semana) para renovar suas referências em decoração ao longo dos 77 ambientes montados neste ano. Número que sofreu grandes variações desde que foi criada por Yolanda Figueiredo e Angélica Rueda, em 1987, com apenas 22 ambientes e 25 profissionais em uma casa do Jardim Europa. De lá para cá ocupou mansões, prédios, hospitais e escolas, numa tentativa de ajustar o retorno financeiro e o potencial expositivo. Principalmente a partir de 2000, quando passou a ser administrada pelos grupos Doria e Abril (que vem controlando tudo desde 2011) e ganhou mais representatividade.
 
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“Ano passado tivemos 93 espaços, mas o visitante não conseguia aproveitar direito. Resolvemos agora apostar em locais amplos, que garantissem tranquilidade na hora de observar as tendências”, afirma Angelo Derenze, presidente do evento paulistano. O arquiteto Roberto Migotto que já participou de vinte edições da mostra, e neste ano é destaque com um espaço de 550 m², ressalta: “a Casa Cor SP começou pequena, depois aumentou muito e agora atinge quase um tamanho ideal. Está glamorosa e se consolida cada vez mais como vitrine”, diz. 
A grande repercussão do trabalho apresentado em mostras como a Casa Cor é um dos aspectos mais valorizados por arquitetos, designers e paisagistas, que chegam a investir cerca de R$ 300 mil nos ambientes. Depois de ficar algumas edições longe, a arquiteta Esther Giobbi é uma das que resolveram voltar neste ano, assim como Sig Bergamin e Ana Maria Vieira Santos. “Estive seis anos afastada, mas identifiquei um novo espírito, uma proposta mais organizada, um comitê interessante e menos expositores”, afirma. “Antes o evento ainda contava com várias mostras paralelas (Casa Office e Casa Hotel), o que dispersava muito o público (e a atenção)”, afirma.

Mostra Black: requinte e exclusividade

Edu Cesar
O ambiente conceitual da Mostra Black ousou na mistura do branco com a luz amarelada
A concentração de ideias é justamente uma das principais diferenças da Mostra Black. A organização busca manter um número fixo de ambientes, no máximo 35, para que o burburinho em cima de cada um dos participantes convidados (que, ao contrário do que acontece na Casa Cor, não pagam para ter um espaço), seja maximizado. 
“Procuramos trazer profissionais de diferentes regiões do País, com o objetivo de oferecer diversidade ao público. Valorizamos quem já está no mercado e buscamos novas propostas ao analisar os materiais que nos enviam durante o ano", afirma Raquel Silveira, arquiteta e idealizadora da Mostra Black, que neste ano ocupa cinco andares de um edifício comercial com vista para a Marginal do Pinheiros. 
Mas a exclusividade da Mostra Black não está apenas no número de participantes, mas na presença do público, que tem de desembolsar R$ 100 para entrar no evento. Valor que faz que expectativa de vistantes não passe dos 30 mil.
Por fim, inovar na decoração é condição sine qua non para estar na Black, o que faz com que propostas conceituais sejam recorrentes (este ano, por exemplo, a dupla Fernanda Abs e Fred Benedetti apostou em um ambiente totalmente branco). A arquiteta Fernanda Marques, que já participou de diversas edições da Casa Cor SP com propostas mais ousadas, optou neste ano por integrar somente o time da Black, apesar de admitir um reconhecimento maior da Casa Cor entre o público. “Existe tal popularidade, mas independente da exposição, sempre procuro valorizar as características dos ambientes e oferecer um projeto que apresente novidades, tendências e muita pesquisa”, diz. Migotto, que também está na Black, ressalta a importância de participar dos eventos. “Se você não está em nenhum deles, os clientes perguntam o motivo. Eles gostam de ter o ‘seu’ arquiteto como referência de mercado", diz ele, que armou-se de muita organização para dar conta do recado. "Minha equipe começou a produzir os espaços tão logo definimos os locais”, completa.
Tudo ao mesmo tempo
O fato de as mostras de decoração acontecerem quase simultaneamente é positivo, segundo os profissionais envolvidos pois otimiza o interesse da mídia e do público, que muitas vezes vem de outros Estados para conferir as novidades. “O mercado todo fica mais aquecido durante este período", afirma Paulo Bacchi, CEO internacional da loja Artefacto. 
Veja abaixo os números dos principais eventos de decoração realizados na capital paulista neste período:

                  MOSTRA BLACK
    CASA COR SP  
Público estimado
                          30 mil
          200 mil
Quantidade de ambientes
                          32
          77
Local da exposição
5 andares da torre D do complexo WTorre Plaza, anexo ao 
shopping JK Iguatemi
     Jockey Club
Histórico de edições
                          3
          27

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