Mais do que bom gosto e identidade, o projeto para uma casa de praia pede uma atenção especial – móveis e artigos que resistam aos efeitos da maresia. Investir nos materiais certos, ainda que custe um pouco a mais, é a garantia de economia no futuro, explica a especialista Andrea Dellamonica.
Responsável pela arquitetura e decoração de todos os resorts que compõem o complexo do Beach Park, em Aquiraz, no Ceará, a especialista cuidou do projeto do recém-inaugurado Wellness Resort, que em janeiro passou a integrar as opções de hospedagem do grupo. Depois de algumas experiências em cidades litorâneas, ela é capaz de fazer uma lista do que pode e o que não pode ser incluído em um empreendimento próximo do mar.
Segundo explica, a maresia de Fortaleza é a segunda mais intensa do mundo, só perdendo para a do Mar Morto. Quando o assunto são materiais resistentes, ela indica o aço puro, a madeira, pedras variadas para serem usadas como revestimento e a fibra sintética. Ferro, peças apenas banhadas em aço-inox ou fibra natural são menos duráveis quando expostas a essas condições climáticas.
Para quem apostar na madeira, a dica da especialista é a proteção. “Tem um produto para madeira que é o Polistem, um verniz impregnante, que é muito resistente”, recomenda.
No chão, ela indica os pisos cimentícios que imitam madeira, por serem duráveis e fáceis de limpar e, no banheiro, o toque de praticidade e charme fica por conta do porcelanato, com pastilhas apenas nas áreas internas do box.
Iluminação e mobiliário
De acordo com Andrea, apesar de uma casa da praia pedir elementos mais rústicos, as referências sempre devem ser guiadas pelo acolhimento, com ambientes propícios para o relaxamento. Ela dá algumas dicas nesse sentido baseadas na sua própria experiência com o projeto do Wellness – segundo ela, a inspiração veio da própria tradução do nome – bem-estar – e Andrea buscou, com isso, projetar nos apartamentos a sensação de acolhimento. “Usei muita madeira e paisagismo. Todo o hotel tem nos painéis com folhas, que é uma representação da natureza, do aconchego”, explica.
De acordo com Andrea, apesar de uma casa da praia pedir elementos mais rústicos, as referências sempre devem ser guiadas pelo acolhimento, com ambientes propícios para o relaxamento. Ela dá algumas dicas nesse sentido baseadas na sua própria experiência com o projeto do Wellness – segundo ela, a inspiração veio da própria tradução do nome – bem-estar – e Andrea buscou, com isso, projetar nos apartamentos a sensação de acolhimento. “Usei muita madeira e paisagismo. Todo o hotel tem nos painéis com folhas, que é uma representação da natureza, do aconchego”, explica.
A iluminação é um ponto chave nesta questão. A primeira orientação da especialista tem a ver com a substituição de todas as lâmpadas para a luz econômica. “Quando for comprar, tem que escolher a amarela. Se for usar a branca, só na cozinha. A luz amarela lembra o sol, por isso é mais aconchegante”.
No mobiliário, os apartamentos de praia ganham espaço com a exclusão das gavetas. “Não se usa mais, porque as pessoas acabam esquecendo as coisas. Então isso é coisa do passado. Numa casa de praia você reduz o custo fazendo prateleiras. Até mesmo para a questão de mofo, porque ventila mais”.
Na varanda, rede, espreguiçadeiras e chases ocupam o espaço, sempre em alumínio e fibra sintética. O sofá-cama, que já é um clássico de casas de praia, é outra dica para garantir o lugar de pelo menos mais duas pessoas hospedadas.
Praticidade e espaço
Bronzeador, água do mar, loção hidratante, cerveja – haja tecido para resistir a tudo o que um sofá de casa de praia se sujeita. Andrea avisa que, mesmo o jeans ou o aqua block, que são as escolhas mais comuns, não resistem à ação do tempo e da sujeira. A seda, que muitas vezes também é uma opção, “é um luxo desnecessário” na casa de praia, segundo a especialista.
Bronzeador, água do mar, loção hidratante, cerveja – haja tecido para resistir a tudo o que um sofá de casa de praia se sujeita. Andrea avisa que, mesmo o jeans ou o aqua block, que são as escolhas mais comuns, não resistem à ação do tempo e da sujeira. A seda, que muitas vezes também é uma opção, “é um luxo desnecessário” na casa de praia, segundo a especialista.
Em substiuição, ela indica o Sunbrella. “Este tecido é imbatível. Ele resiste a tudo, porque com o tempo tudo mancha. Ele é mais caro, mais dura, é um excelente esse tecido para casa de praia”, ressalta.
Para as cortinas da casa, ela indica o linho, que é resistente e traz certa rusticidade. Ele pode ser usado sobre um black out, deixando o ambiente completamente escuro mesmo nos dias de sol mais intenso. Para evitar a sujeira, Andrea recomenda uma solução inteligente. “Usei um linho mais clarinho e a barra mais escura, porque embaixo suja rápido. Você pode fazer uma barra de 30 a 40 centímetros, de preferência na altura da cama, para ficar tudo alinhado”.
Nas camas, outra dica para evitar o aspecto sujo são as pezeiras, geralmente em um tecido mais forte que o lençol. “Usei um tecido bem resistente e estampado, para proteger essa área onde todo mundo põe o pé. E você pode usar o tema que quiser, do mais alegre ao infantil”.
Por fim, Andrea recomenda que, ao fazer um projeto, a pessoa busque orientação profissional. “Contrate um arquiteto, para não gastar mais depois. Ou mesmo nas próprias lojas, eles oferecem serviço de projeto e de iluminação. Com isso, você evita jogar dinheiro fora”. E antes de sair apostando em tendências que estão em alta, ela aconselha às pessoas a seguirem seu próprio estilo. “Cada casa tem que ter sua essência, cada espaço tem que ter a sua cara”.
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