Apartamento pequeno em que cada móvel conta uma história

O que trazer para dentro de casa? Memórias que acalentem o coração, obras de arte que encantem os olhos, objetos que alegrem a vida e símbolos que elevem o espírito. “Sua energia está ancorada onde você mora. E esse espaço tem de alimentar sua alma. Ninguém consegue se nutrir num lugar neutro e impessoal”, avalia com sabedoria o designer Antonio da Motta. Para ele, a morada tem que contar as diferentes histórias de uma vida: por onde você andou, as conquistas que fez, o que herdou. “É esse percurso que doa uma personalidade inconfundível aos ambientes”, diz.

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Mudar sempre como lema

Com sólida formação em artes (ele se orgulha de ter estudado na norte-americana Fundação Barnes) e flho de pai colecionador, pode-se supor que Antonio seja uma pessoa apegada. Que nada: sabe comprar bem, conservar a peça enquanto ela tem um signifcado e doar ou vender quando decide renovar a casa. “Acredito que as coisas têm sua história de vida. Se uma delas sai de minha mão, vai alegrar outra família. Se quebra, é porque seu ciclo acabou”, diz. Os quadros também passam por fases. Algumas das obras hoje vistas na sala já enfeitaram o banheiro de seu antigo apartamento em Nova York.